A diva e a super-heroína
Moram comigo duas atrizes mirim. Uma é diva, é dramática, capaz de transformar qualquer coisa em uma novela mexicana. Briga comigo olhando para o espelho para garantir que está se saindo bem. Qualquer coisa pode virar um choro escandaloso e sofrido. Às vezes acho que ela funciona como uma sirene. A outra é mais voltada para a comédia, extrai risadas de todo mundo, muitas vezes só suas caras e bocas são suficientes para nos levar ao riso. Tem dias que ela assume um lado mais maligno e dá risadas típicas de bruxa antes de fazer algo que não devia. Outros dias vira super-heroína e só quer voar. Elas não sabem, mas se complementam lindamente. Ás vezes são meio Tom e Jerry, outras Catatau e Zé Colméia e, sem dúvida, tem seus momentos Pink e Cérebro. Esses dias a super-heroína colocou sua capa e começou a correr pela casa entoando um “ta na tananna tanatannnanamna",que remetia a música do super-homem, com braço erguido. A diva não estava na vibe e nem olhou. Foi chamada pela supe...