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Mostrando postagens de dezembro, 2020

Rir é o melhor remédio!

  Há uns 9 anos um casal de amigos convidou a mim e meu marido para sermos padrinhos de casamento deles. Não acreditamos em igreja e, atualmente, nem em estado, mas topamos. Chegou o dia do chá de panela. Nossa filha mais velha tinha 2 meses. Fomos ao evento portando a bebê que mamava toda hora. Lá pelas tantas fui trocar ela no banheiro. Quando voltei, dei a bebê para o meu marido, pendurei a mochila com um mundo de coisas, que pais de primeira viagem carregam, na cadeira e sentei. Na verdade, eu não sentei, eu caí. Com o peso da mochila a cadeira virou. Eu não vi e sentei na não cadeira. Um pé da maldita cadeira bateu nas minhas costas e doeu, mas a dor moral, sem dúvida, foi bem mais lancinante. Para ser um pouco mais indiscreto, o cenário da queda não podia ser pior. O chá de panela era em um salão paroquial enorme em uma cidade do interior, com as mesas dispostas em "u". A noiva abria seus presentes no meio. Não preciso dizer que roubei a cena, né? Por um momento (par

Terceiro ano do ensino fundamental com louvor

2020 foi um ano difícil! Eu nunca pensei na minha vida que depois de acabar o colégio; estudar e me formar em uma universidade pública, federal, gratuita e de qualidade; fazer mestrado, eu teria que fazer o terceiro ano do ensino fundamental de novo (ainda mais com um lapso de tempo tão grande). Eu já tinha feito tão direitinho quando tinha meus 8 para 9 anos. Ok, sejamos honestos, talvez não tenha sido assim tão direitinho. Quando chegamos aos 40 anos, teoricamente,  já fizemos caligrafia até dizer “sua letra é uma bosta desista”, já multiplicamos e dividimos a exaustão. Também já sabemos as capitais. Lembro até hoje da minha mãe me ajudando com as capitais do Brasil. Ela ensinava por associação, não necessariamente lógica. Ela peguntava “Piauí?” e eu com cara de quem não tinha a menor ideia do que responder recebia a dica essencial para a resposta “O Chacrinha” e a resposta vinha naturalmente “Teresina” (fazia todo o sentido para quem nasceu em 1980). Mais uma das difíceis vinha e

Que venham as festas de final de ano, mas sei lá…

Então é Natal, já diria a Simone. Época de fazer de conta para as crianças que papai noel existe e comprar um mundo de presentes. Fazer a máquina do consumo girar. 2020 foi provavelmente o ano mais atípico desde a gripe espanhola. Qualquer um de nós com menos de 102 anos nunca havia vivido algo assim. Essa vivência se torna mais única ainda porque em 1918 a velocidade de comunicação era infinitamente menor. Esse ano está tão louco que até explicar a existência do papai noel para as crianças fica cada vez mais difícil. Afinal, não bastava aquele monte de roupa, o bom velhinho ainda vai ter que usar máscara e como ele entregará os presentes se não é para ninguém que não seja do seu núcleo entrar na sua casa? 2020 está pesado, mas não dá para deixar o espírito do natal morrer, ainda mais de covid 19, né? Morrer umas mil pessoas em um único país por dia até vai, mas o espírito natalino já é demais! Bora lá fazer de conta que nada está acontecendo para manter a magia. Bora lá dar aq

Xixi digital

  Eu e algumas amigas, desde março, fazemos um happy hour digital. Toda quinta feira nos encontramos. Algumas são mais assíduas, outras menos, mas foram poucos os dias que falhamos. Sempre mais ou menos no mesmo horário, cada uma com seus bons drinks, temos nosso momento na semana para falar tudo atrapalhado, para achar que a outra travou e a outra não travou, para achar que a outra não travou e ela travou, para discordar uma das outras, para rir uma da cara das outras, para pensar que a gente tinha que ter se visto pessoalmente mais, para falar coisas como: - Te lembra da coroa que pegaVA bem? Não pega mais.....bem. - Sério? - Se separaram? - Não! Só ele que não é mais bem. Ela continua pegando, mas não bem. Tem sempre alguém com uma ideia mirabolante, mas a gente não chama pra realidade, porque a realidade não anda convidativa. Deixa a pessoa ser feliz por algumas horas. Uma coisa que nunca falta no nosso happy hour digital, independente de sermos duas ou cinco é aquel