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Mostrando postagens de julho, 2023

Better Things

  - Assite “Better Things” no Star+, tu vai amar! Essa foi a mensagem que recebi já tarde da noite de uma amiga, que me conhece melhor que eu mesma, indicando uma série. Aproveitei o horário, aquele em que eu tenho quase plenos poderes sobre o controle remoto e não sei o que fazer com ele, dei play na dica. A música de abertura dava indícios que uma nova série favorita habitaria meu coração. “Mother” do John Lennon é um convite para algo ganhar minha predileção. Assistindo aos primeiros episódios me encantei com a história de Sam Fox, uma atriz e mãe solo, que cria três filhas, alguns animais de estimação e também ajuda sua mãe que mora na casa em frente a sua. Para além da música de abertura, a trilha sonora como um todo é ótima. Me identifiquei com a relação de Sam e sua filha pré-adolescente, cheia de questionamentos e comportamento desafiador. Compreendi aquela mulher que se apega a fofura, que logo passará, da filha mais moça como elemento energizador para enfrentar o mund

Férias entediantes

  O que mais me fascina nas férias escolares é a mãe e o pai não terem férias escolares. Pelo menos não o tempo todo que dura o recesso escolar. As férias de uns se tornam o caos dos outros. Um caos bom, o pandemônio mais amoroso do universo, mas, ainda assim, uma baderna. Quando eu falo que as coisas viram uma loucura, um lado meu se sente até culpado, porque estamos falando de uma realidade pós pandêmica onde o home office domina muitas vidas e facilita a organização familiar. Antigamente ainda precisávamos pensar com quem deixar as crianças e hoje em uma brincadeira de equilibrismo, pelo menos para parte de nós, vai dando conta do recado. Só que não há lanche que de conta, não há programações domésticas que afastem o tédio de uma geração que está eternamente entediada esperando algo emocionante e surpreendente acontecer. A gente faz o possível para atender a demanda, entre uma tarefa e outra assiste a um capítulo de série, conversa, troca uma ideia, vê uns vídeos desinteress

A sina da mãe moderna

  A sina da mãe moderna é tentar dar conta de tudo. Ela acorda já ligada nos 220 volts, porque sabe o que lhe atravessará assim que abrir os olhos e pronunciar bom dia pra quem quer que seja. Ela é consciente de que não precisa dar conta do universo que carrega nas costas, que pode deixar uma coisa ou outra para trás. A única coisa que ela não consegue ignorar é o julgamento de pessoas que não tem nada a ver com a sua vida, mas que se acham no direito de opinar sobre o que não é seu. Meio da tarde e a mãe moderna que acordou no 220v, já tá estri c nada de cafeína, de pensamentos, de demandas e é nessa hora que ela inicia uma reunião importante de trabalho no celular, porque o capitalismo selvagem não poupa ninguém e ela precisa matar um leão por dia, desviar das antas que aparecem no caminho e ainda por cima levar a pré adolescente da psicóloga para que tenha subsídio para lidar com esse mundo doido e acelerado. Quando está no meio da reunião ela cutuca a pré adolescente, fecha a

A vida dos tupperware

  A Tupperware Corporation foi fundada, em 1944, pelo americano Earl Silas Tupper . Em 1946, a empresa lançou uma linha de utensílios plásticos chamado "Tigelas Maravilhosas" que traziam como diferencial o sistema de fechamento hermético, criado para proteger e conservar os alimentos dentro da geladeira . Acho que nem em seus sonhos mais loucos Mr. Tupper pensou que seus potinho s de “matéria” gerariam tanto apego, fidelidade e desavenças nas festas de família. Hoje em dia a civilização ocidental está dividida entre aqueles que tem grande ap reço pelos seus potes e aqueles que não tão nem aí, embora usem, mas usam qualquer embalagem até pote de sorvete e margarina. Os que amam seus potinhos têm coleções dos mais variados tamanhos, cores e sempre estão procurando a tampa certa, porque elas devem se unir com os pés de meia e fugir das casa s. S ó isso explicaria o desaparecimento da tampa sem o pote, ou então dona tampa cansou do casamento e sa iu de fininho. V ai