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Mostrando postagens de janeiro, 2024

Canalizando energia

  Há uns 10 dias atrás Porto Alegre passou por uma tormenta, tempestade, vendaval, seja lá o que foi aquilo. Da minha janela eu podia ver as árvores dançando lambada e elas eram bem maiores que o Sidney Magal o que fazia a experiência saltar do peculiar para o assustador. Logo ficamos sem luz. Fomos dormir porque já era noite e a chuva seguia fazendo barulho. No outro dia acordei ainda sem energia elétrica. Buscando manter a energia interior me arrumei para a academia e abri a porta da rua. Na pracinha que fica na frente da minha casa muitos galhos caídos, mas nada caótico. Quando cheguei na calçada olhei para um lado e a uns 100 metros tinha meia árvore estatelada no chão. Olhei para o outro lado e a mais ou menos a mesma distância havia uma árvore inteira caída, com raiz e tudo, que tinha levado por diante fios, o poste do relógio de luz de um vizinho, bem como a grade de sua casa. Tive pena do vizinho. Caminhei rumo a academia desviando de árvores e destroços, porque tenho o obje

Hora-bunda

Hora-bunda é um conceito em que alguém compra além da mão de obra de outrem a jornada de geolocalização das nádegas do indivíduo, ainda que as atividades a serem desenvolvidas sejam realizadas pelo cérebro do mesmo, salvo exceções. A prática é mais antiga, mas ela se consolida a partir da revolução industrial. Uma entidade, instituição ou mesmo pessoa física através de um contrato formal ou não de trabalho passa a ter domínio sobre parte das horas diárias onde o trabalhador assenta seu traseiro no período denominado jornada de trabalho. Independente da atividade laboral ser realizada com a bunda, com o cérebro ou com qualquer outro membro. Dessa forma, mesmo que a tarefa tenha sido concluída com êxito, a bunda do trabalhador precisa permanecer no local pré estabelecido pelo empregador até findar a jornada horária estabelecida em contrato. Com o avanço tecnológico e a velocidade de comunicação imposta nos últimos anos, aparentemente esse tipo de domínio sobre as nádegas alheias estava

Eu era péssima em Português

  Me inscrevi para fazer um curso e para a matrícula precisava do meu histórico escolar do ensino médio. Obviamente eu não tinha o documento, tive que entrar em contato com o colégio que estudei. Expliquei pra secretária que eu tinha estudado lá na época em que os dinossauros tinham sido extintos e que precisava do tal histórico. A moça simpática, não demorou a me passar o documento. Com ele em mãos tive uma revelação bombástica: as minhas piores notas eram em português. Como assim? Em minha memória afetiva eu era ruim nas exatas, que de fato eu também era ruim, mas constava ali que em português eu conseguia ser pior. Segundo o documento eu era ruim em praticamente tudo, o que me salvava era História, que modéstia à parte eu acho lisonjeiro, e Educação Física. Educação Física? Eu sou reconhecida publicamente por ser quase incapaz de subir escada e mascar chiclete ao mesmo tempo. Lembrei que a professora de Educação Física era mucho loka , só colocava música legal e nos deixava ficar jo