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Mostrando postagens de outubro, 2023

Professora super poderosa

  Já comentei algumas vezes por aqui que acho a profissão de professora uma coisa encantadora. Em especial d as que lidam com bando s de crianças e adolescentes. Coisa que tenho minhas dúvidas se eu seria capaz de fazer. Acho fascinante o jogo de cintura que ela adquirem . A cho que nem é que adquiram, é dom mesmo e com o passar dos anos na profissão vai aflorando, aflorando. Esses dias, por motivos profissionais, participei de um evento organizado por professoras, um festival de corais infanto juvenis. Várias, muitas, incontáveis crianças e adolescentes estavam presentes. E quem já teve essa idade sabe que sair em grupo dá uma coisa na gente que faz rir alto, gritar, se mexer sem parar. Os corais tinham lugares marcados para sentar, obviamente ninguém tava respeitando e foi sentando cada um num lugar, ficando perto da b ff e a organização das cadeiras que se danasse. Resultado: muitos não tinham onde sentar, porque não queriam ficar longe dos amigos, ou simplesmente porque era

Daí dificulta pra mim

  É impressionante como passa julho e parece que a gente cai no meio das bolinhas de natal. Não sei o que acontece é uma batida rápida de tempo e contra tempos, que nos fazem acelerar, acelerar e só mirar o recesso de fim de ano. Venho eu dirigindo meu carro nesse fluxo intenso de pensamentos, ouvindo um podcast para tentar entender a entropia do tempo e as barbáries do universo, aquelas que tenho concluído cada vez mais que só sei que nada sei, mas que ver criancinha morrendo é muito des esperador . Venho refletindo sobre como as pessoas odeiam por odiar, mas geralmente tendo algum capital envolvido nesse meio seja ele financeiro, social, territorial, político e acaba que quem odeia nem sabe direito porque odeia, tal qual uma marionete que não sabe porque caminha . Nesse intenso movimento de consciência vejo que eu também odeio, talvez o melhor fosse só desgostar e não odiar, porque odiar é tão forte. Pensamento vai, pensamento vem, ouço notícias, dirijo com um bom nível de a

Martina, a capivara

  Segunda semana de outubro somos brindados com mais uma data capitalista, o dia das crianças. Por mais sábios que sejamos, sabemos que não somos sábios o suficiente, nem fortes o suficiente para tentar driblar o mercado e como consequência termos crianças chorosas se achando inferiores ou menos amadas que as outras crianças, assim sucumbimos a lógica mercadológica. Esse ano especialmente eu estava comovida com meus próprios dramas familiares e as justificadas melancolias infantis que me rodeavam, que de forma alguma se comparam aos dramas das crianças vítimas das guerras, mas que também não podem ser invalidados. Dor e sofrimento não se compara, apenas se sente em seu próprio campo emocional e toma a proporção do mundo que se apresenta para nós. Em meio aos tropeços da vida, minhas filhas descobriram no shopping um quiosque em que você podia criar seu próprio bichinho de pelúcia. Pelo que pude entender a ideia é que o lugar vende mais que um brinquedo, uma experiência. A criança va

Chapa-quente

  Minha avó, que faria aniversário semana que vem, odiava estrangeirismos na língua portuguesa. Na verdade tinha pavor da americanização dos termos. Se há palavra equivalente em português não há porque usar o termo em inglês, diria ela. Ela tinha uma amiga brasileira que se chamava Hilary e seu nome era pronunciado por todos familiares e amigos como Ilarí. Quando eu era criança visitávamos com frequência a Dona Hilary. Quando Bill Clinton assumiu a Casa Branca na década de noventa, vovó só se referia a primeira dama americana como Ilarí Clinton. Foi mais ou menos nessa época que as redes americanas de fast food começaram a invadir o Brasil e vovó nos dizia “Hoje vamos pedir uma Pizza Ute!", referindo-se a Pizza Hut. E ai de quem, perto dela, usasse americanismos desnecessários, ela logo dava um jeito de corrigir. Quem me lê aqui pode até ficar com a impressão de falta de polidez, mas lamento informar vovó era uma senhora extremamente culta, bem formada e informada, por iss