Postagens

Mostrando postagens de maio, 2021

Para que os morangos não mofem

  Sexta dessas tive um déjà vu . Aquela sensação de já ter passado por determinada situação. Existe até explicação de porque isso acontece nas nossas cabeças. Li em algum lugar que é como um tique do cérebro, algo como um micro espasmo que sabota a parte responsável pela memória e nos faz familiar com algo ou alguma situação que está ocorrendo naquele momento. Não me acontece com frequência, mas às vezes que acontecem são sempre estranhas. Parece que o cérebro passa a perna na gente e coloca em xeque a noção de realidade e tempo. Nos faz questionar em quantas velocidades e dimensões existimos. Elucubrações à parte, o fato é que eu estava tomando vinho, meu marido procurava algo para ver na tv, minha filha mais velha opinava sobre o programa que seria escolhido, enquanto desenhava e minha filha mais moça me convidou para brincar com ela. A minha missão era pular meio morango de plástico daqueles que tem velcro para colar na outra metade. Antes do salto, com o cálice na mão, me veio

Os avós do Antônio

  Que as mães de crianças e adolescentes são as pessoas mais sobrecarregadas na pandemia todas as mães já sabem. A gente carrega duas toneladas de responsabilidades sobre os ombros e apesar de todas as incertezas precisamos fingir que temos todas as certezas do mundo. Desde que o coronavírus adentrou o país em voo oficial, esqueci o que é relaxar. Eu que já era toda planejadinha, o tempo todo, planejo cada uma das coisas que acontecerão. Ando sempre com um álcool 70% que me passa segurança física e emocional. Nunca pensei que eu me tornaria tão limpinha. É preciso destacar que em quinze meses de pandemia ninguém aqui em casa, entre adultos e crianças, teve sequer um nariz correndo. Sim, eu obrigo os adultos da casa a seguirem meu protocolo de higiene e quem não seguir terá que me aguentar reclamando e dizendo que está colocando todo mundo em risco. Nem ir na pracinha da frente de casa é algo simples. Antes de sair, relembramos que se tem outras crianças não pode dividir o brinqued

Sobre corrida, tombos, máscara e bandeiras

  Já comentei em algum momento que eu corro. Não, eu não gosto,mas eu corro. Não é nada contra a corrida, é contra o esporte mesmo. No meu mundo ideal em vez de fazer uma atividade física eu ficaria sentada olhando tv e comendo um donuts. No entanto, a genética não foi legal comigo e se eu fizesse isso estaria participando daquele programa "quilos mortais". Graças a esse DNA que colabora com meu formato arredondado e me faz ter medo de doenças cardiovasculares, não me permito não fazer exercícios e por isso sou a dita “gordinha saudável”. O bom é que como eu não gosto de fazer exercício, eu viajo nos meus próprios pensamentos como forma de fuga daquela atividade chata. Enquanto me exercito faço lista de compras mentalmente, invento atividades para fazer com as minhas filhas durante a pandemia, penso num bolo que talvez um dia eu faça, esboço textos, crio diálogos, tenho ideias mirabolantes. No início da pandemia deixei por um curto período de fazer exercícios o que me rend

A importância da roupa para o trabalho

  Passado mais de um ano que o office invadiu o home fica claro que a indumentária é algo importante no local de trabalho. No caso a casa. O mais interessante é que não só a pessoa que está trabalhando precisa se preocupar com suas roupas. Todos os habitantes da residência precisam estar atentos. Esses dias de manhã bem cedo, eu estava atrapalhada, não tinha tirado o pijama velho e surrado que amo, ajudava minha filha mais velha a se organizar para suas atividades quando ouvi que a minha filha mais moça havia driblado o esquema de segurança, invadido e fechado a porta do escritório onde meu marido começava uma reunião. Cabia a mim resgatar a moça de lá, mas então me dei conta que estava de pijama e roupão. O meu roupão é rosa e me deixa com aspecto de ursão carinhoso velho e sejamos honestos, ele é quentinho, confortável, mas não me favorece. Já o meu pijama não é um pijama qualquer. É discreto, mas em contrapartida é de uma malha velha e surrada. Na bunda parece ter sido al