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Mostrando postagens de novembro, 2021

Gafes digitais

  Esses últimos quase dois anos me fizeram descobrir que caso a humanidade passe por um ataque zumbi eu, com um potão de vitamina D e um bom sinal de wi-fi, sou plenamente capaz de viver em um bunker pelo tempo que for necessário. Desde que leve para o abrigo subterrâneo meus amores mais amados. Não sabia, nem imaginava, mas sou uma pessoa resignada em situações que fogem completamente do meu controle e a única solução é esperar o problema passar. Em caso de um ataque zumbi o sinal de wi-fi seria essencial, pois posso fazer praticamente tudo pela Internet: Compras de qualquer espécie, movimentações bancárias das mais simples às mais complexas, consultas médicas. Quase tudo se resolve com um bom sinal de wi fi. Durante a pandemia super me adaptei a não falar com pessoas e sim digitar. Confesso que até prefiro resolver o que for necessário por chat. Se tiver a opção de teclar com o fornecedor ou prestador de serviço vou escolher essa forma de contato. Sei lá, acho mais prático e fic

Novos hábitos

  Ando conjecturando: Quais hábitos pandêmicos se tornarão hábitos de vida? Por exemplo, tirar os sapatos antes de entrar em casa é algo que veio para ficar. Às vezes me pergunto como entrávamos com os sapatos em casa. Talvez, fosse interessante pensar em alguma espécie de sapateira externa, adaptada às intempéries. Não sei como se dá a situação em outros lares, mas aqui na casa dos bagunceiros que somos, temos feito uma coleção de sapatos na frente da porta. Outra coisa que a pandemia nos trouxe foi o distanciamento social. Há distanciamentos que podem ser mantidos para o bem estar dos envolvidos. Aquela saudade boa, sabe? Que você pensa: Faz horas que não vejo fulano, mas considerando as últimas fake news que ele mandou, suas últimas postagens nas redes sociais, o ano eleitoral que nos aguarda, isso é até bem bom! Também acho que o uso de máscaras veio para ficar. Os orientais, que muito nos ensinam sobre surtos de doenças, já fazem uso constante do EPI. É um gripado e vai lá o po

Mamãe é amiga do Papai Noel

  Criar e conduzir pela vida seres humanos é uma das tarefas mais difíceis existentes. Há muita teoria, mas como tudo, teoria é uma coisa e a prática pode ser bem diferente por inúmeros motivos e variantes envolvidas. O interessante desse caminho que percorremos como mães e pais é que a virada de teóricos para práticos faz com que a gente pague pela boca. Antes de ter minhas filhas eu muitas vezes julguei mães e pais. Teorizei o que faria ou não quando tivesse os meus. Minhas filhas nasceram e eu já fiz inúmeras coisas que eu julgava errado, já fiz outras tantas que jurei que não faria. Uma das coisas que eu pensava jamais fazer era alimentar a ideia da existência de seres mágicos como Papai Noel, Coelhinho da Páscoa e afins. No primeiro natal da minha filha mais velha eu já tava lá na fila do shopping esperando pra tirar foto com o “Papai Noel” e não era qualquer Papai Noel, eu conhecia ele. O Papai Noel que eu a levava para tirar fotos era, durante todo ano, motorista de um lugar

Acordão

  Anteontem de manhã me aproximei da pia da cozinha para largar um prato com alguns farelos, a tampa da lixeirinha da pia se mexeu nervosamente e dali emergiu um rato. Tive um chilique! Saí correndo e gritando feito uma louca para um lado e o rato saiu correndo para o outro (acho que ele não gritava). Pessoas mais ou menos normais têm medo ou nojo de rato, eu tenho verdadeira ojeriza. Até escrever a palavra aqui me causa arrepios. Confesso ter pulado partes do final de 1984 de George Orwell tal o asco que senti. Essa semana gritei tão alto que fui literalmente ouvida na Europa. Meu marido fazia uma reunião on line no escritório e enquanto eu tentava respirar na porta do nosso quarto (que fica ao lado do escritório) ouvi ele dizendo: "Sorry guys! I think there is a rat in my house." Esperei por 3 segundos que essa fala fosse a deixa para ele sair da reunião e vir ver o que acontecia. Não era. Durante esses três segundos pensei que o príncipe viria nos salvar, daí lembrei que