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Mostrando postagens de julho, 2020

Individualidade????

Há um tempo atrás minha filha mais velha tinha uma coleguinha com quem não se dava bem. Logo ela, tão amigável (palavras dela), não gostava de brincar com a menina. Eu não gosto de saber que uma criança possa estar sendo excluída do grupo, por isso sempre quando as meninas me relatam esse tipo de coisa tento entender o que está acontecendo para contornar a situação da melhor forma possível. Conversa vai, conversa vem, a história da colega sempre voltava. Ouvindo o assunto entre as próprias crianças comecei a perceber que ninguém gostava muito de brincar com a tal menina. Um dia perguntei abertamente para minha filha porque ela não gostava da colega e ela me disse que a menina não sabia brincar junto, tinha que ser tudo do jeito dela, até nas brincadeiras que tem regras já preestabelecidas a coleguinha queria impor as suas próprias regras e que ela queria sempre mandar em todo mundo. Pelo que ouvi achei a menininha um tanto, digamos, ditatorial, mas sei lá, podia ser uma percepção err

Refúgios

Há uns 6 anos atrás eu e meu marido, com a ajuda da minha mãe, compramos uma casa. Bem, na verdade, compramos uma piscina casualmente ela em volta tinha uma casa velha, caindo aos pedaços. Habitável, mas que sem dúvida alguma precisava de reforma. Quando convidamos os amigos para virem aqui, nunca é com o pretexto de ver como a nossa casa é linda, sempre convidamos pelo prazer companhia, pelas risadas, pela boa comida, boa bebida, no verão pela piscina e no inverno pela lareira velha. Passados esses 6 anos, tivemos alguns progressos. Construímos para minha mãe uma casa pequena e linda no fundo do pátio. Na nossa casa ainda não conseguimos fazer nada de muito significativo, além de demarcar os locais exatos na sala que precisam de balde quando chove para que a goteira caia dentro dele e não molhe todo o chão. Entre as coisas almejadas na sonhada reforma está tornar a sala e a cozinha um espaço integrado, moderno. Onde quem tá na cozinha consiga participar do que ocorre na sala. En

Branca de Neve contemporânea

Levando em conta a quarentena, crianças em casa, essa semana resolvi fazer uma atualização na historinha da Branca de Neve. Não ficou muito bom para crianças, mas talvez sirva para adultos inconsequentes. Era uma vez um rei viúvo que vivia em um reino distante, com sua filha pequena, que se chamava Branca de Neve. O rei casou de novo, a nova rainha era uma cidadã de bem, dona da verdade, achava que para o mundo bastava suas opiniões. Negava os progressos da ciência e o conhecimento, bom senso era algo que desconhecia. Também era incapaz de compreender o conceito de sociabilidade e de coletividade. Branca de N eve por outro lado, gostava muito de adquirir mais e mais conhecimento, falava com os pássaros do reino e sempre dizia “Quem acha que sabe tudo, não sabe nada.”. Ela também se preocupava com a desigualdade social que assolava o reino e entedia que o reino só poderia progredir se todos progredissem juntos. A rainha não gostava de Branca de Neve por causa de seus ideais. A Rain

Os 44 anos do meu pai

Há mais ou menos 33 anos atrás meu pai e minha mãe resolveram dar uma super festa! Fazia um ano que meu pai tinha infartado e o aniversário dele estava próximo. Para comemorar a sobrevivência do ano anterior resolveram que fariam uma grande festa de aniversário. Uma amiga muito próxima deles que fazia aniversário um dia depois se uniu a comemoração e a festa virou comemoração de um ano do infarto, do aniversário do meu pai e do aniversário da amiga. Dia 18 de agosto de 1987 (dia do aniversário de 44 anos do meu pai) teve a festa e ela foi inesquecível, mas não necessariamente pelas comemorações. Morávamos em uma casa grande, então era um festão mesmo, com garçons contratados para servir as pessoas, um primo da minha mãe era responsável pela música e pelo bar. Eu ia fazer 7 anos e talvez essa tenha sido uma das primeiras festas com muita gente de que eu tenho lembrança. Os convidados eram bem heterogêneos. Estava presente a família do meu pai, da minha mãe e da amiga que comemorava

O ano interminável

Muito tem se dito que não deveríamos adicionar 2020 à nossa idade, como se não estivesse existido, mas será? Eu, pessoalmente, passo a achar que 2020 está valendo por 10, por 100, por mil. Às vezes penso que entrei em 2020 com 39 anos e vou chegar em 2021 com 49. Não há dúvidas que este está sendo um ano intenso. Intenso pessoalmente e intenso publicamente. Pelo lado pessoal muita coisa já aconteceu nesses primeiros 6 meses. Minha filha mais moça fez 3 anos com festinha virtual. Ensinei minha filha mais velha a multiplicar e dividir e ela sobreviveu. Tive que fazer um implante dentário do dente bem da frente porque possivelmente bati com ele, mas não me lembro quando, nem como. Dei mais de 90 aulas online , criei um blog pra não enlouquecer. Li menos que deveria, assisti e re-assisti séries. Limpei a casa incessantemente. Lavei e desinfetei tudo que adquiri. Comprei uma cama elástica para que minhas filhas não cheguem ao final da pandemia como os humanos do Wall-E. Apartei tantas b