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Mostrando postagens de novembro, 2023

Árvore de natal

  Dezembro está aí batendo na porta. Simone já começa ecoar pelas ruas alagadas ou derretidas desse Brasilzão. É chegada aquela hora de decidir: montar ou não a árvore de natal? Eu não sou o Grinch, pelo contrário, adoro o natal . Uma das minhas grandes diversões dessa época do ano é ver filme de natal no ar-condicionado bem frio. Amo comidas natalinas. Adoro a decoração kitsch que nos permite libertar o mal gosto que por mais que neguemos, habita algum lugarzinho do nosso imaginário. Acho interessantíssimo observar como somos tão eurocentrandos, americanizados, capitalistas que normalizamos ser ganha pão de alguns idosos se fantasiar para andar no polo norte, em pleno centro do aquecimento global e é tudo tão mágico que levamos as crianças para verem aqueles velhinhos em sofrimento quase mortal, e fingimos que ele é um ser mágico, que pode mesmo ser por suportar um trabalho desses, ou talvez seja um tarado. A questão que me pega há anos sobre o pinheiro de natal é que eu amo

Rainha Pop

Como relembrar é viver, hoje vamos de crônica que foi escrita quando a Rainha Elizabeth morreu, já andou por aqui, mas saiu e foi revisitada para concorrer a prêmios e foi terceira colocada no 19º Co n curso Literário Mário Quintana! Rainha Pop Então, a Rainha Elizabeth morreu. Já faz tempo, mas estava esperando a distinta senhora descansar em paz com a certeza que não teríamos nenhuma reviravolta, para escrever sobre isto. Não me entenda mal, não acredito que pessoas ressuscitem, mas sei lá, desconheço um mundo sem o imperialismo da monarca. Desconheço o mundo sem a rainha Elizabeth sendo “a rainha”. Para além dos conceitos de bom ou mau não podemos negar que ela era pop. Foi retratada até na animação dos Minions . Quando pensamos em rainha é inevitável vir à mente a imagem da senhora, que já era senhorinha quando eu nasci. Eu ainda tenho teorias que depois que os médicos tiraram o Martíni dela, a maionese desandou. Ela vinha calibrada no álcool há décadas, foi tirar o drinq

Redação Enem 2023

  A mãe chega em casa quase dez da noite, depois de um de uma jornada estendida. Abraça seus amores. Toma banho rápido. Prepara uma salada que por mais que ela negue, e diga que vive de dieta por que não quer ter problemas de saúde, todo mundo sabe que no raso, bem no raso a pressão estética também conta. Senta e mastiga aquela alface com frango imaginando as inúmeras possibilidades de ultra processado que não está comendo, mas que com certeza fariam suas papilas gustativas e seu cansaço dançar música lenta de rosto coladinho. A pré adolescente entra na sala, com uma legging na mão e diz: - Mãe, preciso que costure porque não tenho calça para ir ao colégio amanhã. Colégio aquele que ela vai de van escolar e o transporte passa às 07h da matina. A mãe sorri: - Meu amor, acabei de chegar. Então, a compreensiva filha responde: - Não precisa ser agora. Pode ser mais tarde. Essa história poderia ser real, mas não é. Eu não conheço essa mãe que tem essa paciência. As que eu conheç

Eu ganhei!

  A vida é uma coisa louca, se com uma mão ela te esbofeteia, com a outra ela te afaga pra manter esse relacionamento tóxico, complexo e nada dual. Em meio a furacões familiares ganhei meu primeiro prêmio em concurso literário. Fui terceira colocada na 19 ª edição do Concurso Literário Mário Quintana na categoria crônica promovido pelo Sintrajufe/RS. Adoro terceiros lugares! Prefiro os terceiros do que os segundos, porque os segundos quase foram os primeiros, mas por um tantinho de nada não chegaram lá, enquanto os terceiros quase não entraram no pódio, mas por um tantinho de nada chegaram lá. A crônica que me levou à premiação e me deu até um troféu coisa mais linda, falava sobre a morte da Rainha Elizabeth, manguaça e maternidade, porque obviamente são todos assuntos que se conectam uns aos outros, dentro de um fluxo mental muito próprio que às vezes parece uma free way de pensamentos. Não convidei muita gente pra ir na cerimônia de premiação, afinal eu sabia que era finalis