Um susto chamada páscoa
Não é novidade nenhuma que a páscoa ocorre quarenta dias depois do carnaval. Quando eu era criança, jovem, sem filhos, sem contas, inconsequente, só preocupada com viagem, feriados, fantasias e chocolates, naquela época que a vida era fácil e eu não sabia, parecia que uma data era muito distante da outra. Naquele tempo bom que não volta mais dava pra programar o que fazer, se preparar com calma para o churrasco da sexta feira santa. Depois que eu tive minhas filhas e quanto mais elas crescem descobri que há um fenômeno físico, também conhecido como vida adulta, que faz com que o tempo comprima e esses quarenta dias, viraram um tropeço daqueles que não dá tempo de se equilibrar e a gente sai tastavilhando. Na segunda-feira de carnaval entrei no supermercado e me deparei com coelhinhos de chocolate, gritei apontando para o outro lado em direção às conservas: “Olha ali pepino em promoção! Peguem duas embalagens!” Na esperança que as crianças não vissem o tentador coelhinho, que era um coe...