Que venham as festas de final de ano, mas sei lá…

Então é Natal, já diria a Simone. Época de fazer de conta para as crianças que papai noel existe e comprar um mundo de presentes. Fazer a máquina do consumo girar.
2020 foi provavelmente o ano mais atípico desde a gripe espanhola. Qualquer um de nós com menos de 102 anos nunca havia vivido algo assim. Essa vivência se torna mais única ainda porque em 1918 a velocidade de comunicação era infinitamente menor.

Esse ano está tão louco que até explicar a existência do papai noel para as crianças fica cada vez mais difícil. Afinal, não bastava aquele monte de roupa, o bom velhinho ainda vai ter que usar máscara e como ele entregará os presentes se não é para ninguém que não seja do seu núcleo entrar na sua casa?

2020 está pesado, mas não dá para deixar o espírito do natal morrer, ainda mais de covid 19, né? Morrer umas mil pessoas em um único país por dia até vai, mas o espírito natalino já é demais!
Bora lá fazer de conta que nada está acontecendo para manter a magia. Bora lá dar aquela passada rapidinha no shopping ou em um centro de compras lotado para comprar baby alive, hot wheels, calcinha da cor certa para virada e um monte de coisa que nos convenceram que precisamos para ser feliz e que nós convencemos as crianças que elas precisam para serem felizes.

Mas será que realmente precisamos? Eu, pessoalmente, ando muito mais pela vacina e as pessoas vivas, mas sei lá, é uma coisa bem pessoal.

O importante é que depois do natal vem o reveillon mais uma daquelas datas que findam um ciclo, que precisamos fazer nossas resoluções pessoais, aglomerar para pular ondinhas (lembrando, sempre, que no hospital tem um monte de profissional da saúde passando sondinha), afinal é o último dia do ano. Perdoe-me mais uma vez, mas eu, sei lá, total minha opinião, prefiro que o último dia do ano não seja o último dia da vida de ninguém, mas essa é minha visão. Claro que sempre vai ter alguém para discordar de mim e dizer: a morte é a única certeza que se tem na vida! Concordo, mas também não é necessário sair correndo para se aglomerar com ela, né? Acho que nesse caso prefiro que a aproximação venha da outra parte. Pelo que eu entendi, posso estar errada, parece, dizem por aí, que a pandemia não acabou e está numa época bem chata. Na época de hospitais lotados. Ando um pouco apreensiva com os primeiros dias de janeiro. Creio que serão dias difíceis.

Talvez, fosse mais interessante para 2021, se pensar em resoluções coletivas de preservação da vida e do planeta e não resoluções individuais, porque dizem as más-línguas que com esse estilo de vida de precisarmos sempre mais e mais, estamos acabando com o planeta e com a nossa própria espécie e que não nos sustentaremos assim por muito, mas isso são só as más-línguas embasadas em dados científicos. O pessoal do zap diz que está tudo tranquilo é só seguir a vida. Até sua extinção.

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