Não acostume-se ao inaceitável
Nós estamos vivendo uma espécie de matrix há mais de noventa dias (pelo menos eu e umas outras 20 pessoas que estão fazendo isolamento social no Brasil). Vivemos uma realidade virtual. Visitamos os amigos digitalmente, faço compras digitalmente, fiz o aniversário da minha filha mais moça por chamada de vídeo, o contato com a escola das minhas filhas é virtual e por aí vai. Estou sempre esperando que os cabos conectados a mim sejam desconectados, mas nunca acontece. Às vezes , quando a internet cai, é o mais próximo que chego da desconexão. Se há algo que me impressiona nisso tudo é nossa capacidade de adaptação. O ser humano é altamente adaptável para as coisas ruins e boas. Me lembro que quando minha filha mais velha tinha um pouco mais de dois anos quebrou o bracinho e eu pensei: coitada vai ser uma complicação esse braço sem funcionar, para brincar, para escalar. Que nada! Menos de duas horas depois do braço engessado, ela parecia nunca ter tido braço. Não foi diferente com ...