Clube das Mulheres
Tenho um grupo de whatsapp com algumas amigas das antigas que chama “Clube de Mulheres”. Ele já teve vários nomes, mas o último que ficou foi esse. Nele libertamos o macho escroto que vive dentro de cada uma de nós e compartilhamos um monte de merd@. Objetificamos homens sarados, temos figurinhas dos mais variados paus, vez ou outra tem gatinho fofo (o animal mesmo), piadas com e sem graça, utilidade pública, kid bengala e declarações de amor às amigas.
É nosso espaço de subverter a lógica machista e patriarcal. É ótimo! Não mudamos o mundo nem nada, mas damos risadas a beça e nos acompanhamos ao longo do tempo, mesmo com as distâncias físicas e por vezes ideológicas que se impõem.
Esses dias alguém compartilhou lá uma notícia de um jornal de 1904 que listava o que uma mulher precisa aprender para ter merecimento real. Sim, isso mesmo que você leu. Momento de respirar fundo, antes de prosseguir, e lembrar que há quem negue a importância do movimento feminista. Sigamos, segundo o que consta na tal nota no início do século passado era de suma importância que uma mulher aprendesse:
a coser;
a cosinhar (com “s” mesmo porque é do século passado);
a ser amável;
a ser obidiente (também com grafia de outrora);
a ter livros úteis;
a levantar-se cedo;
a fugir da ociosidade;
a guardar um segredo;
a evitar bisbilhotices;
a ser graciosa e alegre;
a dominar o seu gênio;
a ser a alegria da casa;
a cuidar bem dos filhos;
a convencer pela meiguice;
a não fallar (mais uma grafia antiga) antes do tempo;
a ser a poesia e a flor do lar;
a não ser demasiada ciumenta;
a não andar sempre pelas lojas;
a tratar de tornar-se agradável;
a ter uma grande bondade no coração;
a não jogar no bicho.
Eu nem sei muito bem o que comentar dessa lista, mas definitivamente preciso aprender pra ontem a jogar no bicho.
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