PodPausar
Essa que vos escreve, agora tem um podcast. Na verdade não sou eu, somos nós! Eu e minha amiga Maitê temos um podcast em parceria. Ela tinha uma ideia e uma vontade, e eu descobri que tinha uma vontade da ideia dela que eu nem sabia. Queria fazer algo e não tinha noção do quê. Precisava dar vazão a minha voz e essa foi uma baita oportunidade.
Começamos construindo um conceito e um formato. Queríamos compartilhar nossos escritos, falar sobre maternidade, sociedade, vida, questionar e trazer várias questões que assolam as mulheres. Isso pensado, precisávamos de um nome para nosso projeto. Fizemos um brainstorm e de repente, caiu da tempestade um Pode Pausar. Super agradou, considerando que nós nos víamos quase sem possibilidade de pausar qualquer coisa no tsunami chamado vida. Quando Maitê foi escrever o nome do podcast ela se deu conta que ele na verdade deveria ser escrito PodPausar, afinal tínhamos um trocadilho ali pedindo licença para entrar.
Gravamos o piloto, enviamos para algumas pessoas próximas. Ouvimos os feedbacks, ajustamos o formato e seguimos. Queríamos uma trilha sonora de abertura para chamar de nossa. Pedi ao meu marido que ele fizesse. Aliás, eu descrevendo o tipo de trilha que eu queria devia ser uma crônica à parte. A pessoa não tem nenhuma noção de música e explica para o “congê”, assim: Amor, uma coisa que tenha um balancinho (fiz o balancinho com o corpo), seja animadinha (talvez eu tenha dito um uhuuu para explicar), agrade a gregos e troianos, um pouco chiclete, mas não demais, algo que faça a pessoa querer continuar a ouvir o que vamos falar. Não disse uma nota musical, não exemplifiquei um ritmo (até porque não tenho), mas a trilha depois de algumas propostas saiu do jeito que eu imaginei.
Entretanto, a trilha mais simbólica que temos gravada, não foi a eleita para ser a abertura. Meu marido tentou fazer com que a minha filha mais moça cantarolasse “PodPausar, PodPausar” e ela concentradíssima cantou baixinho “Não pode pausar, não pode pausar, não não pode pausar”. Ele insistiu que cantasse “Podpausar, PodPausar” e ela, com voz rouca, entoou “Não pode pausar, sempre nunca pode pausar, nunca pode pausar.” Primeiro pensei que a pequena tinha subvertido por completo o conceito do projeto, mas pensando melhor ela mais que todo mundo definiu perfeitamente: tudo na vida pode pausar, menos a criança.
Agora, se você gosta de me ler aqui, dá uma pausa aí e corre para o Spotify e procure por lá “PodPausar”!
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