Lançamento Paralelos Cruzados

 

Semana retrasada iniciei o lançamento do meu primeiro romance “Paralelos Cruzados”. Devido a uma pandemia que, pasmem, não acabou e parece tomar contornos de eterna, optei por não fazer um lançamento presencial. Por mais que as coisas estejam mais tranquilas, ainda não me sinto tranquila. Não quero chocar ninguém, mas diz que em muitos países que fazem parte do globo e não da terra plana a água tá batendo na bunda, por causa de novas variantes.

Considerando a incerteza sanitária atual estou fazendo um lançamento literário, literal e com distanciamento social. Aviso a pessoa que estou chegando com o livro que ela encomendou, já previamente autografado e faço o “lançamento”, tal qual um quarterback. Isso requer uma certa destreza minha e do leitor, o meu receiver, o que já demonstra um pouco da nossa conexão (e coordenação).

Confesso que alguns receivers ganharam rápidos e furtivos abraços. Outros receberam pelo correio e daí cabe ao carteiro lançar ou não o objeto. Outros tiveram intermédio de uma portaria, obviamente não solicitei que nenhum porteiro fizesse essa mis en scene comigo, por que tenho uma certa noção de limites. Durante todo o processo contei com uma equipe de apoio de entregas maravilhosa, não no quesito entrega, mas no quesito pessoas. Minhas pequenas me acompanharam no processo e eu postei no instagram fotos delas sorridentes com o meu livro, afinal as redes sociais é onde todo mundo só mostra o seu melhor ângulo. Para mim guardei as lembranças da animação, do choro, da briga no banco de trás pra decidir quem segurava o livro, das reclamações, do “Mamãe, tô enjoada". Mas lá estavam as duas orgulhosas da mamãe, o que é muito louco, porque dá um orgulho danado ver que elas se orgulham da gente por qualquer motivo que seja.

Confesso que às vezes a modéstia me foge e até eu me acho tri foda por ter escrito um livro, escrever uma crônica por semana pro meu blog e ainda de quebra dar conta de duas pitocas, uma casa por vezes caótica e trabalhar remuneradamente nas horas vagas, tudo isso em meio a uma pandemia. A modéstia devia nos fugir mais, tem tanta gente ejaculação precoce se achando foda.

E não é positividade tóxica, mas se não fosse a pandemia, a angústia de passar por ela, talvez eu não tivesse produzido tudo o que eu produzi intelectualmente durante esse período. Talvez, eu continuasse que nem um hamster correndo na rodinha da gaiola. A iminente finitude de tudo e a necessidade de encontrar uma válvula de escape, me empurraram em uma direção que muito me agrada e não, isso, não é nenhuma espécie de agradecimento a uma pandemia e sim a um monte de gente incrível que distante fisicamente por motivos óbvios, ainda assim são intelectualmente extremamente próximas e me incentivaram a construir um caminho que hoje para mim é importantíssimo. Obrigada minha gente! Aproveito para convidar a todos para a live de lançamento de Paralelos Cruzados neste sábado às 19h na página do insta do Grupo Editorial Caravana! https://www.instagram.com/caravanagrupoeditorial/

Para adquirir Paralelos Cruzados você pode acessar https://caravanagrupoeditorial.com.br/produto/paralelos-cruzados/ e me chama que eu autografo, você me joga o livro e eu jogo de volta com dedicatória.

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